terça-feira, 22 de setembro de 2015

Ricki and the Flash - De volta pra casa -- Mais um filme de Meryl Streep

"Ricki and the Flash – De Volta pra Casa" é mais um filme de Meryl Streep. E isso não é pouco.

Com coadjuvantes, em regra, modestos (em termos de atuação, não de currículo) - de Kevin Kline a Sebastian Stan -, é Streep quem comanda e carrega a obra. Exceto quando Mamie Gummer aparece, pois Julie é uma grata surpresa. Se a história não é lá muito original (mãe que abandona os filhos para viver seu sonho e acaba por retornar) e caminha para o pseudogênero "água-com-açúcar" previsível. Ainda assim, o choque inicial que Ricki sofre é bem interessante.

Streep não apenas vive a personagem do título. Sua capacidade de emocionar é fenomenal. Ela é espetacular, tão boa que praticamente impede os demais de aparecerem. Desafiada mais uma vez com um perfil diferenciado (o de coroa roqueira), é mais uma vez que ela mostra seu inabalável talento. Por exemplo, ao tornar uma anti-heroína em tese (ora, ela abandonou os filhos!) em heroína injustiçada na prática (mas nada justifica o tratamento que dão, sem contar que ela foi atrás do sonho que tinha!), a atriz expõe o quanto é capaz de viver  (não apenas interpretar) uma personagem.

O roteiro é simplório, sem genialidade e regredindo com o decorrer do filme. Contudo, não opta por ser exageradamente meloso, na verdade, nesse quesito, esse era o caminho mais óbvio. A opção foi pela coerência, afinal, Ricki não é a personagem mais carinhosa.

"Ricki and the Flash: de volta pra casa" não vai entrar para a história do cinema. Até porque não pode consagrar uma artista já mais que consagrada. Todavia, ao considerar seu público-alvo, é possível entender a sensibilidade e a serenidade na condução do filme. Que acaba sendo apenas mais um filme de Meryl Streep. O que não é pouco: sozinha, ela já consegue emocionar. Não é uma lenda viva à toa.

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